quarta-feira, 30 de setembro de 2015

FINALMENTE CHEGOU O DIA DA VERDADE - JULGAMENTO DEHON CAENGA

Em Natal

Seis policiais serão julgados por morte de prefeito e motorista

Crime ocorrido em Santa Maria-RN teve o prefeito de Grossos, "Dehon Caenga", como uma das vítimas
.

Dehon: 18 tiros de várias armas (Foto: web)
Depois de mais de dez anos, finalmente vão a juri em Natal nessa quarta-feira (30), às 8h, no Fórum Desembargador Seabra Fagundes, seis policiais acusados de matarem o então prefeito de Grossos – João Dehon Neto, o “Dehon Caenga”. No mesmo episódio foi assassinado  o motorista Márcio Sander Martins, além de feridos à bala o contabilista Francisco Canindé Fonseca (um tiro) e o tesoureiro Magno Antônio Monteiro Ferreira (cinco tiros).
Na acusação dos policiais atuarão o promotor Augusto Perez e os advogados José Luiz Carlos de Lima e José Wellington Diógenes. O júri será presidido pela magistrada Eliana Alves Marinho – da 1ª Vara Criminal do Natal.
Como foi o crime
No dia 23 de Junho de 2005, por volta das 20h40, o então prefeito João Dehon da Costa Neto, 37, trafegava no sentido Natal-Mossoró pela BR-304, cruzando a área urbana de Santa Maria. Era uma noite chuvosa. Márcio Sander Martins, motorista da Prefeitura de Grossos, dirigia uma caminhonete Hilux da municipalidade, tendo no banco do passageiro a companhia do prefeito.
No banco de trás, Magno e Canindé, também da equipe de auxiliares do prefeito.
Foram perseguidos e interceptados por uma equipe de seis policiais – divida em dois grupos de três, cada qual numa caminhonente distinta  - que, armados com dois Fuzis calibre 5.56, Marca Imbel, de largo uso nas Guerras do Oriente Médio atualmente; uma Metralhadora calibre 9mm., uma Sub-Metralhadora calibre 0.40, um Rifle Puma, calibre 3.57 e seis pistolas de igual calibre .40, desfecharam nada menos que 80 (oitenta) tiros na direção dos ocupantes do carro.
Sem armas
Nenhuma das vítimas estava armada. Não portavam sequer um canivete.
Os policiais estavam em duas caminhonetes roubadas, que tinham apreendido. Ao invés de encaminhá-las à salvaguarda do Estado, para devolução a seus respectivos proprietários, resolveram usá-las como viaturas descaracterizadas nessa operação desastrada ou ‘bem-sucedida’, dependendo do propósito.

Carro ficou banhado em sangue (Foto: web)
Eles eram integrantes da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV). Na região, os policiais estariam no encalço de um marginal conhecido como “Eduardo Chupeta”.
O álibi dos policiais, é de que a Hilux fora confundida como um carro similar a do bandido que procuravam. Encheram o carro de bala para depois verificarem quem estava em seu interior.
Laudos indicam que sequer acertaram os pneus. E afirmam que 81% das balas foram disparadas em posições média e alta: tronco e cabeça das vítimas.
Os acusados por homicídio duplamente qualificado são Railson Sérgio Dantas da Silva, Gildvan Fernandes de Oliveira, José Wellington de Souza, João Maria Xavier Gonçalves, João Feitosa Neto e Newton Brasil de Araújo Júnior.
FONTE : COLUNA  DO HERZOG - Categoria(s): Política

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