domingo, 16 de dezembro de 2012

CAOS NA SAÚDE PÚBLICA DO RN, AINDA CONTINUA, DESSA VEZ, CABE AO CRM-RN SE JUSTIFICAR

Jornal Nacional

Edição do dia 15/12/2012
15/12/2012 21h56 - Atualizado em 15/12/2012 21h56

Médicos formados fora do país têm dificuldades para validar o diploma

Cerca de 10% desses recém-formados passam no revalida, a prova nacional com testes, questões escritas e uma parte prática.

Durante toda a semana, o Jornal Nacional mostrou a formação dos médicos brasileiros. Neste sábado (15), na última reportagem da série especial, você conhece o desafio dos profissionais que estudaram no exterior e têm de validar o diploma no Brasil para não trabalhar na ilegalidade.
Marcos deixou a Bahia para fazer medicina na Bolívia. Lucas saiu do Paraná e se formou em Cuba. São médicos com diplomas tirados no exterior, mas que só poderão exercer a profissão por aqui depois de uma avaliação.
Marcos acha natural. “É pertinente, é um exame que deve ser feito”, diz ele.
O pernambucano Maicon Nunes Martins reclama. “Esse exame, para mim, é uma injustiça. Tenho certeza que nem os graduados no Brasil teriam condições de aprovar”, opina ele, que se formou em Cuba.
Cerca de 10% desses recém-formados passam no revalida, a prova nacional com testes, questões escritas e uma parte prática. Mas há faculdades com autonomia para fazer suas próprias provas.
Isso não é ilegal, diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Mas também não é o ideal. “Não acho um bom caminho. É muito melhor que a gente tenha um exame nacional reconhecido. Todas as universidades federais respeitam o revalida”, avalia.
Um médico prefere não se identificar por temer preconceito. Ele fez faculdade na Bolívia e a prova de revalidação foi no Rio Grande do Norte.
JN: Foram 200 perguntas, tipo teste?
Médico: É, tipo teste, múltipla escolha.
JN: Teve prova prática?
Médico: Não, não teve prova prática.
Aprovado, conseguiu um emprego no Recife.
“Trabalho no pronto-socorro e estudo para fazer a residência”, conta ele.
Ele conta ainda que vários amigos seguiram o mesmo caminho, mas que existe gente sem diploma reconhecido exercendo a profissão ilegalmente:
"Tem muita gente sem CRM trabalhando em pequenos interiores em estados do Norte."
Foi o que constatou o Conselho Regional de Medicina do Acre. Em uma blitz recente, o flagrante: duas mulheres trabalhando sem registro no município de Tarauacá. Um problema grave, denunciado também em outras regiões do país.
“É uma situação de polícia, uma situação criminosa que vem ocorrendo”, destaca Mário Jorge Lôbo, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco.
Uma situação que precisa ser resolvida. Afinal, muitos dos que estudaram longe de casa, fazendo sacrifício, não querem ser vítimas de preconceito, e sonham poder exercer a profissão de médico, dentro da lei, e com toda a dignidade.

GROSSOS CIDADE PRAIA
VAI CONTINUAR SEMPRE MOSTANDO COMO ESTÁ NOSSA SAÚDE PÚBLICA. 
 

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