Em Natal
Seis policiais serão julgados por morte de prefeito e motorista
Crime ocorrido em Santa Maria-RN teve o prefeito de Grossos, "Dehon Caenga", como uma das vítimas
Dehon: 18 tiros de várias armas (Foto: web)
Depois
 de mais de dez anos, finalmente vão a juri em Natal nessa quarta-feira 
(30), às 8h, no Fórum Desembargador Seabra Fagundes, seis policiais 
acusados de matarem o então prefeito de Grossos – João Dehon Neto, o 
“Dehon Caenga”. No mesmo episódio foi assassinado  o motorista Márcio 
Sander Martins, além de feridos à bala o contabilista Francisco Canindé 
Fonseca (um tiro) e o tesoureiro Magno Antônio Monteiro Ferreira (cinco 
tiros).
Na
 acusação dos policiais atuarão o promotor Augusto Perez e os advogados 
José Luiz Carlos de Lima e José Wellington Diógenes. O júri será 
presidido pela magistrada Eliana Alves Marinho – da 1ª Vara Criminal do 
Natal.
Como foi o crime
No
 dia 23 de Junho de 2005, por volta das 20h40, o então prefeito João 
Dehon da Costa Neto, 37, trafegava no sentido Natal-Mossoró pela BR-304,
 cruzando a área urbana de Santa Maria. Era uma noite chuvosa. Márcio 
Sander Martins, motorista da Prefeitura de Grossos, dirigia uma 
caminhonete Hilux da municipalidade, tendo no banco do passageiro a 
companhia do prefeito.
No banco de trás, Magno e Canindé, também da equipe de auxiliares do prefeito.
Foram
 perseguidos e interceptados por uma equipe de seis policiais – divida 
em dois grupos de três, cada qual numa caminhonente distinta  - que, 
armados com dois Fuzis calibre 5.56, Marca Imbel, de largo uso nas 
Guerras do Oriente Médio atualmente; uma Metralhadora calibre 9mm., uma 
Sub-Metralhadora calibre 0.40, um Rifle Puma, calibre 3.57 e seis 
pistolas de igual calibre .40, desfecharam nada menos que 80 (oitenta) 
tiros na direção dos ocupantes do carro.
Sem armas
Nenhuma das vítimas estava armada. Não portavam sequer um canivete.
Os
 policiais estavam em duas caminhonetes roubadas, que tinham apreendido.
 Ao invés de encaminhá-las à salvaguarda do Estado, para devolução a 
seus respectivos proprietários, resolveram usá-las como viaturas 
descaracterizadas nessa operação desastrada ou ‘bem-sucedida’, 
dependendo do propósito.
Carro ficou banhado em sangue (Foto: web)
Eles
 eram integrantes da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de
 Veículos e Cargas (DEPROV). Na região, os policiais estariam no encalço
 de um marginal conhecido como “Eduardo Chupeta”.
O
 álibi dos policiais, é de que a Hilux fora confundida como um carro 
similar a do bandido que procuravam. Encheram o carro de bala para 
depois verificarem quem estava em seu interior.
Laudos
 indicam que sequer acertaram os pneus. E afirmam que 81% das balas 
foram disparadas em posições média e alta: tronco e cabeça das vítimas.
Os
 acusados por homicídio duplamente qualificado são Railson Sérgio Dantas
 da Silva, Gildvan Fernandes de Oliveira, José Wellington de Souza, 
João Maria Xavier Gonçalves, João Feitosa Neto e Newton Brasil de Araújo
 Júnior.
FONTE : COLUNA  DO HERZOG - Categoria(s): Política

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